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Não preciso de ajuda!

Atualizado dia 8/12/2009 1:59:13 PM em Psicologia
por Camile Milagres


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Nestes tempos de auto-estima tão frágil, para muitos o importante é tratar de convencer a si mesmo e aos outros: "Eu sou interessante", "eu sou competente", "eu sou independente".

Certamente quem age assim já passou, muito precocemente, por situações em que precisou de uma ajuda, de uma presença confirmante, mas em lugar disso recebeu humilhações por sua necessidade e acabou preferindo adotar uma postura de força, mesmo que seja uma força forjada, apoiada apenas em aparências. Já esqueceu os verdadeiros  motivos que o levaram a adotar essa postura e esse comportamento ficou automatizado. Já não tem mais acesso a seus verdadeiros valores internos.

O indivíduo, nessa situação, geralmente não tem muita consciência de seu problema. Sente-se bem, afinal está adaptado à sociedade, mas não tem consciência do quanto está afastado de sua espontaneidade, de sua vitalidade e de sua verdadeira felicidade. Não aceita ajudas, não recebe sugestões, acha-se conhecedor da verdade.

Por baixo dessa firmeza aparente existe uma falta. Um desejo não preenchido, uma necessidade real quase nunca escutada. Uma cratera invisível que muitas vezes só será descoberta quando esse indivíduo sofrer algum insucesso material ou amoroso, quando sofrer uma perda importante. Aí pode haver uma crise: depressão, pânico, em casos extremos, até suicídio.

É importante buscar o conhecimento sobre essa realidade. Por mais que se esteja longe da verdade, sempre há um núcleo saudável em quase toda pessoa, dizendo que algo está errado e que isso pode eclodir. A carência sempre pode ser vista de fora, seja em atitudes com o parceiro amoroso, seja em forma de compulsão profissional, ou mesmo em algum sintoma físico, que é quando a dinâmica dessa necessidade real, nunca satisfeita, vai somatizar-se no corpo causando alguma doença.

Em algum momento da vida essa verdade vai aparecer e é bastante sábio trabalhar preventivamente, antes que a vida traga situações de aprendizado e obrigue a encarar os fatos de forma bem mais sofrida.

Mas, como cuidar disso? O primeiro passo é a tomada de consciência. Aceitar que precisa olhar para essa verdade, de que nem tudo está assim tão sob controle. A necessidade de muito controle já é sintoma de que algo precisa ser escondido e não visto.

O segundo passo é decidir sua forma de cuidar dessa verdade. Saber que não está tudo bem já é um bom passo, mas é preciso CORAGEM para se aprofundar. Aceitar a ajuda de um terapeuta profissional costuma ser o tratamento mais adequado.

Sugestão de leitura: O Corpo em Depressão, de Alexander Lowen

Texto revisado por Cris




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Conteúdo desenvolvido por: Camile Milagres   
PsicoTerapeuta nas linhas: Gestalt, Analise Bioenergética, Eneagrama - Psicologia dos Eneatipos MBSR
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